O projeto de ampliação da estação ferroviária de Jundiaí propõe não apenas atender as novas demandas da estação, como também a transformação de seu entorno para que ele condiga com seu novo caráter Inter metropolitano e que aproveite todo o potencial que o modal ferroviário tem a oferecer.
O projeto atua em duas escalas. A urbana, trabalhando com o entorno da estação, e a escala da edificação de ampliação da estação em si.
Na escala urbana o projeto propõe um pequeno masterplan na área de atuação, que visa fomentar o adensamento, a diversidade de uso, a caminhada, transformar o local em uma centralidade, e diminuindo o caráter de passagem. Fazer com que o espaço aproveite o máximo da potencialidade fornecida pelo transporte sobre trilhos.
Na escala da arquitetura o projeto foca no desenvolvimento da ampliação da estação. A linguagem do edifício busca ser neutra, com uma estrutura de madeira engenheirada e fachada de vidro com transparência 50 porcento, para que a nova edificação não compita com a antiga estação ferroviária, de arquitetura inglesa, construída com tijolos e ferro fundido.
Tendo a galeria como a articulação intermodal, os usuários dos ônibus podem acessar a estação sem precisar atravessar a avenida e protegidos da chuva . Passam pela galeria e no mesmo nível acessam a parte paga da estação.
Por se tratar de um projeto de trens regionais, ou seja, trens de viagem de longa distância, o projeto ambiciona proporcionar na estação um espaço de espera que seja confortável, e que não se resuma a plataforma, como estamos acostumados.
Com isso, a contribuição que o projeto também almeja é ressuscitar a cultura de se viajar de trem, que esta retornando a passos lentos. De início é o trecho São Paulo-Campinas, mas o objetivo são inúmeros destinos. O projeto lança, então, ideias de se usufruir dos benefícios que tamanha infraestrutura pode nos oferecer.